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Dia: 25 de janeiro de 2021

A Telemedicina no Brasil

Há muito tempo, testemunhamos os avanços da medicina e o quanto esta também tem se apoiado nas grandes descobertas da tecnologia. Em um mundo em constante transformação, a tecnologia tem ajudado a garantir respostas mais rápidas, inovadoras e eficientes para vários campos de estudo, entre eles a Saúde, através do desenvolvimento de ferramentas que vieram facilitar nossas rotinas.

Neste ano, devido à necessidade de isolamento social, introduzimos, em nossa vida diária, diversas maneiras de nos comunicarmos com video-chamadas, diminuindo muito a saudade entre nossos entes queridos. Na Educação, o acesso também se deu a distância, em alguns casos da Rede Privada e, na Saúde, não poderia ser diferente, pois, em meio à pandemia, a relação médico-paciente também passou por mudanças pelo uso de ferramentas digitais. Temos presenciado, então, pacientes cirúrgicos tirarem suas dúvidas sobre orientações de pós-operatório, através do WhatsApp, como também, troca de mensagens com especialistas de saúde, sobre tratamentos a seguir. São muitos os casos em que a prática médica está sendo realizada a distância, e muitos benefícios foram constatados com essa ação que é chamada de Telemedicina.

 Em abril de 2020, o Congresso Nacional aprovou, em caráter excepcional, o uso da Telemedicina, enquanto estivermos em pandemia da COVID-19, e, por essa razão, as discussões sobre esse uso têm avançado bastante, o que revelou a necessidade de infraestrutura, regulamentação e capacitação como fundamentais, para que esse modelo possa avançar mais, pois plataformas como Zoom, Google Meet, Skype, WhatsApp entre outras não se apresentam como ambientes seguros, portanto, é importante que esse modelo de consulta esteja protegido, capaz de garantir a segurança dos dados, tanto do paciente quanto do médico. Além disso, é preciso se levar em conta que o acesso ainda é muito limitado em relação à população brasileira.

O Brasil é um país de proporções continentais e de grande desigualdade social, o que torna muito difícil o acesso a boa educação, segurança, saúde e alimentação. Mesmo assim, conselhos assistenciais, entidades como ONG’s, entre outras empresas privadas têm trabalhado, fortemente, para garantir a capacitação e o uso dos recursos gerados pela tecnologia.

De acordo com a constituição brasileira, a Saúde é um direito universal e, graças à evolução tecnológica, é possível termos mais qualidade de vida, visto que, a matéria da revista Exame do dia 20 de agosto de 2020, revela que desde o início da pandemia, já foram realizados mais de 1 milhão de atendimentos a distância, número muito próximo da quantidade de atendimentos diários realizados no Brasil pelo SUS, presencialmente, o que nos faz refletir que se esse atendimento virtual fosse usado pelo SUS mais de 37% de pessoas seriam beneficiadas por não terem a necessidade de atendimento presencial.

Dentre algumas soluções encontradas para o acesso à Telemedicina pela população mais carente encontra-se a parceria em Rede com ONG’s e outras entidades/instituições que incentivam e fomentam a inclusão digital através de capacitação.

Dessa forma, os mais idosos, principalmente aqueles com dificuldade de locomoção, ao fazerem uso de um dos diversos recursos que um celular pode oferecer como o caso de uma consulta virtual, eles poderão evitar grandes deslocamentos e o contato desnecessário em hospitais e clínicas da região, em que, por muitas vezes, encontram-se lotados.

Aplicativos que medem os batimentos cardíacos, controlam a pressão sanguínea, a queima de calorias já são uma realidade, mas para poucos. No entanto, a tendência é que esses aplicativos fiquem mais simples e, em termos de infraestrutura, o 5G já está aí, uma tecnologia capaz de se conectar a diversos aparelhos que, certamente, farão toda a diferença no atendimento ambulatorial, reduzindo o número dos atendimentos e aglomerações nos hospitais

As vantagens que a Telemedicina pode promover são muitas, como: pacientes que moram em regiões remotas terem acesso aos médicos especialistas, agilidade no diagnóstico, redução do índice de contaminação nas salas de espera, entre outras.

Muitos caminhos ainda devem ser percorridos, mas é preciso haver uma renovação natural nas regulamentações que regem e reorganizem o exercício da medicina, para permitirmos, de fato, a popularização de serviços de qualidade em saúde.

Um movimento como o que está acontecendo agora não tem volta. Todos deverão se reorganizar para que um progresso maior ocorra na sociedade. Os governos, as operadoras de telefonia, as sociedades médicas, os conselhos regionais de medicina, empresas de Saúde, associações, deverão se adaptar e trabalhar, para permitir que todos, inclusive as classes menos favorecidas, e, principalmente, os idosos tenham acesso às oportunidades de tratamento de saúde e informações importantes para melhorar a sua qualidade de vida e seu bem-estar.